Nao me digas os dias que correm,
aponta-me a terra
onde te foste nascendo,
os sulcos do vento,
os muros sempre derrubados.
Não me fales:mostra-me a raiz da voz,
a ternura subterrânea
que nunca floresce.
embalado pelos teus olhos doces
iria contigo
para o paraíso dos cães
sei que me ensinarias o caminho
sem trela nem medo
só com o amor
